Se quiser aprovar o mais importante projeto do seu governo, Michel Temer só tem uma opção: ir até o cartório mais próximo e registrar o compromisso de não concorrer em outubro. Por mais absurdo que pareça, a possibilidade da candidatura é real. Está ancorada na crença de que a aprovação da reforma da previdência, em conjunto com outras já implementadas, dará ao presidente cacife eleitoral suficiente para sonhar com mais quatro anos no Palácio do Planalto. Mesmo que o bom senso e as pesquisas mostrem a total inviabilidade desse delírio, a visão de agentes políticos continua, através dos tempos, turvada pelos efeitos de uma droga fulminante chamada poder.
Jogo político
A única saída para a reforma da Previdência
Michel Temer precisa reafirmar uma de suas principais promessas feitas antes de assumir a Presidência
Tulio Milman
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