
Só a imaturidade e o radicalismo do deputado Marcel Van Hattem (Novo) explicam o papelão que ele fez na noite de domingo, na entrega do Troféu Brasil Expodireto, em jantar organizado pela Cotrijal e Rede Pampa de Comunicação. Para prestigiar os deputados que comparecem ao jantar na véspera da abertura da Expodireto, a organização os convida para subirem ao palco e participarem da entrega do troféu a um dos homenageados. Normalmente, são três pessoas no palco para cada homenageado.
Caberia a Van Hattem participar da entrega do troféu ao ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, um dos mais ilustres participantes da festa. Apesar de Rodrigues ser um homem dedicado ao agronegócio e ao cooperativismo, o deputado do Novo pediu para trocar e subir ao palco na entrega do troféu a outro homenageado. Justificou que não poderia sair em foto com “um ministro do Lula”.
Por desconhecimento em relação à figura de Roberto Rodrigues, ou por simples radicalismo, Van Hattem acabou perdendo a oportunidade de apertar a mão de um homem respeitado pelos produtores rurais e que aceitou ser ministro no primeiro governo Lula, mesmo não sendo ligado ao PT, por entender que poderia contribuir para o país.
O resultado é que Van Hattem entrou em um grupo já formado e se tornou o sexto elemento no palco com a empresa agraciada, a BASF. Já estavam escalados o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados, Antônio Cesa Longo, o deputado estadual Vilmar Zanchin (MDB), o presidente da Fecomércio, Luis Carlos Bohn, a secretária de Planejamento, Danielle Calazans, e o deputado federal Ronaldo Nogueira (Republicanos).