
Palavra do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, na véspera do aniversário da cidade: não há hipótese de renunciar ao mandato conquistado em 2024 para ser candidato a governador em 2026, como especulam aliados e adversários. Melo aprendeu com José Fogaça (MDB) e Tarso Genro (PT) que o eleitor não perdoa prefeito que renuncia com um ano e três meses de mandato (mesmo que seja o segundo).
O motivo que leva o prefeito a descartar a renúncia é o compromisso com os eleitores e o caderno de encargos que tem pela frente até 2028. No topo da lista de prioridades está a reconstrução da cidade e a preparação para enfrentar futuros eventos climáticos. Na extensa lista de desafios estão a solução para os problemas da área da saúde, a oferta de vagas na pré-escola e a qualificação da educação, a melhora na zeladoria, sobretudo em relação ao recolhimento de lixo.
Melo concorda que o cenário para o Piratini em 2026 está bastante aberto. Além disso, destaca que a federação entre PP e União Brasil pode embaralhar a disputa, principalmente se a deputada federal Any Ortiz for a candidata. Companheiro de partido do vice-governador Gabriel Souza, o prefeito diz que o projeto dele está atrelado ao do governador Eduardo Leite, que deseja ser candidato a presidente da República e, para isso, terá de renunciar até o início de abril de 2026.
— A direita no Rio Grande do Sul não se entende — constata Melo, referindo-se aos desentendimentos no PL, com a intenção de Onyx Lorenzoni de concorrer ao Piratini, enquanto o partido prefere Luciano Zucco.