
Aprovada pelo comando do PP e do União Brasil, a federação entre os dois partidos entrou na fase de discussão do estatuto e de convencimento das bases sobre as vantagens desse casamento de interesses. A se confirmar a união, os dois disputarão a eleição proporcional de 2026 como se fossem um só, elegendo os candidatos mais votados da nominata conjunta.
Como são partidos com representações muito díspares nos diferentes Estados, aquele com o maior número de deputados federais e senadores terá o comando regional. Assim, no Rio Grande do Sul, a executiva deverá ser presidida por Covatti Filho, já que o PP tem três deputados federais (Covatti, Pedro Westphalen e Afonso Hamm) e um senador (Luis Carlos Heinze). O União Brasil elegeu apenas um deputado, o atual presidente Luiz Carlos Busato.
Covatti acredita que a federação, que hoje teria 109 deputados federais, a maior representação da Câmara, crescerá na janela partidária de 2026. Além de mais numerosa, será a mais rica com a soma dos fundos eleitorais e partidários e terá o maior tempo de rádio e TV.
Mudança de planos
Com a decisão do senador Luis Carlos Heinze (PP) de lançar o neto Luís Vicente Aquino como candidato a deputado federal, outros líderes do PP da Fronteira terão de mudar seus planos. É o caso do deputado estadual Frederico Antunes, que pretendia concorrer à Câmara, abrindo espaço para a renovação na Assembleia.
Any conversa com PP e PL
Cada vez mais próxima do PP e com possibilidade de concorrer a governadora na federação com o União Brasil, a deputada federal Any Ortiz (ainda no Cidadania) fez os aguapés se moverem nos outros partidos que a cortejam, especialmente no PL.
Nesta terça-feira (25), o presidente do PL de Porto Alegre, Luciano Zucco, tem conversa marcada com a deputada em Brasília.
— Acredito que ela ainda está construindo sua nova casa. Não tenho dúvida de que a decisão será mais para o final do ano, após a definição das fusões e federações dos partidos.