
Multada pela prefeitura de Passo Fundo em R$ 125 mil por dia até o restabelecimento total da água nos bairros afetados pelo rompimento de uma adutora, a Corsan/Aegea promete regularizar o fornecimento até quinta-feira (15).
O diretor de operações João José da Fonseca, o Jota, e a diretora-presidente Samanta Takimi, informam que dois poços artesianos foram reativados, um novo já entrou em operação outros cinco estão sendo perfurados para atender à demanda dos bairros que ainda têm problemas pontuais de fornecimento de água.
Jota disse que a Corsan não está preocupada com a multa:
— Nossa prioridade é restabelecer o fornecimento de água e atender o cliente lá na ponta. Sobre a multa, conversaremos depois com a prefeitura.
A presidente da empresa diz que foram antecipados investimentos previstos para Passo Fundo, a fim de compensar os prejuízos causados pelo rompimento da adutora em dois pontos, com uma semana de diferença, deixando 40% da cidade sem água nos dias de calor mais intenso, quando o consumo aumenta.
— Já investimos R$ 18 milhões e vamos investir R$ 22 milhões até o final do ano em Passo Fundo — prometeu Samanta.
Em relação às reclamações de Santa Maria, a presidente e o diretor garantem que não têm nada a ver com falta d’água ou problema maior na rede. O motivo do descontentamento seria uma campanha de redes sociais contra o fechamento de poços artesianos irregulares, perfurados sem licença, e que colocam em risco a vida da população.
Jota diz que o Rio Grande do Sul tem, por alto, mais de 400 mil poços artesianos irregulares e que, por terem sido abertos próximos a residências sem tratamento de esgoto, essa água pode estar contaminada. Quem está notificando os proprietários a interditarem os poços não é a Corsan, mas o Departamento de Recursos Hídricos.
Já em relação ao aumento do valor das contas de água a explicação é que, por causa da enchente, a tarifa ficou 18 meses sem reajuste. Além disso, há casos em que pessoa pagava pouco porque o medidor estava estragado e, com a troca de equipamentos, passou a pagar o que realmente consome.