O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Vai demorar mais do que o esperado pelos servidores a votação dos projetos de lei que reajustam em 12,36% os salários de funcionários do Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública do Rio Grande do Sul. As propostas tramitam na Assembleia Legislativa desde o início de agosto.
Sindicatos que representam os servidores esperavam um acordo na reunião dos líderes de bancada, nesta terça-feira (19), para acelerar a tramitação. No entanto, não houve acerto entre os deputados e os projetos terão de tramitar nas comissões de mérito.
Dois fatores contribuíram para o adiamento. Um deles é a demora do projeto que concede reajuste aos servidores do Tribunal de Contas (TCE), que começou a tramitar após os demais e ainda não poderia ser incluído no acordo. Também pesou a impressão de que não seria adequado votar a proposta pouco tempo depois do desastre climático que atingiu o Estado.
Verbalmente, ficou definido que os projetos devem tramitar na Comissão de Constituição e Justiça para que, mais tarde, os deputados fechem acordo para votar todos em conjunto.
Contrário à correção salarial, o deputado estadual Felipe Camozzato (Novo) estima um impacto de aproximadamente R$ 1 bilhão para os próximos quatro anos em caso de aprovação.
Sem votações
A sessão plenária marcada para a tarde desta terça-feira não teve votações por falta de quórum.
Como o primeiro item de votação é a proposta de emenda à Constituição que dificulta mudanças no hino do Rio Grande do Sul, os simpatizantes da matéria temiam não chegar aos 33 votos necessários para aprovação ante a ausência de parte dos deputados.