Pela segunda vez na metade sul do Estado desde o início da campanha, o candidato a governador pelo PDT, Vieira da Cunha, dedicou os últimos dias a agendas com prefeitos e apoiadores em nove cidades da região. Em Rio Grande, Vieira visitou o Polo Naval e se impressionou com o abandono das estruturas outrora utilizadas para a montagem de plataformas de petróleo:
— Rio Grande viveu um boom na geração de empregos. Agora é um desolamento só. Esse quadro se criou em razão do escândalo de corrupção (da Lava-Jato). Empresas que estavam aqui acabaram fechando as suas unidades. São consequências às vezes não muito visíveis do processo de corrupção.
Caso eleito governador, o trabalhista se propõe a buscar uma parceria com o governo federal para atrair investimentos e reativar a estrutura já montada.
No sábado (24) e no domingo (25), Vieira concentrará a campanha na Região Metropolitana. O mesmo deve ocorrer em 1º de outubro, na véspera do primeiro turno, quando está prevista carreata na Capital.
Avante anuncia rompimento
Vieira estava ao lado do presidente estadual do PDT, Ciro Simoni, quando foi comunicado de que o Avante decidiu retirar o apoio político à coligação e liberar os candidatos a deputado do partido para apoiar outros concorrentes ao Piratini. O Avante é a legenda do candidato ao Senado da coligação, Professor Nado.
O partido reclama que o PDT não teria cumprido acordos assumidos antes da campanha, especialmente em relação à transferência de recursos. Os trabalhistas negam e dizem que cumpriram o combinado, apoiando a candidatura de Professor Nado com R$ 100 mil.
Contrariando a cúpula do Avante, o candidato ao Senado permanece na coligação.
— A coligação é oficial, está absolutamente mantida e a minha relação com o Vieira é a melhor possível — afirma Professor Nado.