O futuro do senador Lasier Martins na eleição de outubro deverá ser decidido aos 40 minutos do segundo tempo. Isso significa depois da convenção do PSD, que dirá na segunda-feira (1º) em que chapa estará a ex-senadora Ana Amélia Lemos. Como o Podemos já aprovou em sua convenção a aliança com Eduardo Leite (PSDB) e até registrou seus candidatos a deputado estadual e federal, Lasier está numa espécie de limbo.
O Podemos prefere que Lasier concorra a deputado estadual, para reforçar sua bancada na Assembleia Legislativa, onde não tem um puxador de votos. Na Câmara dos Deputados, a grande aposta do partido é o deputado Maurício Dziedricki, que concorre à reeleição. Dziedricki, assim como o presidente do partido, Everton Braz, é originário do PTB. Pelo retrospecto, Braz sabe a importância de ter uma bancada numerosa na Assembleia Legislativa para negociar cargos no futuro governo.
— Lasier já cogita concorrer em outra faixa. Ele reforçaria muito a nossa bancada, nos faria sonhar com cinco ou seis cadeiras. Não há demérito em ser candidato à Câmara ou Assembleia — diz Braz.
Para reforçar sua tese, Braz cita o exemplo de Miguel Rossetto (PT), que já foi vice-governador, deputado federal e ministro e será candidato a deputado estadual. Menciona, também, o ex-governador Jair Soares, que foi governador, ministro e deputado federal e aceitou concorrer a vereador.
O Podemos ainda não registrou a candidatura de Lasier ao Senado. Para ser candidato a deputado, o partido terá de substituir um dos nomes registrados na Justiça Eleitoral.
Lasier refuta a hipótese de concorrer a deputado estadual e afirma que, se sair da disputa ao Senado, optará por tentar uma cadeira na Câmara dos Deputados.
— Depende das convenções do final de semana. Se eventualmente não concorrer ao Senado, eu vou concorrer à Câmara — disse o senador à coluna.
