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A Câmara Municipal de Porto Alegre gastará R$ 10,6 mil na confecção de carteiras de couro personalizadas para os 36 vereadores. Ao todo, serão produzidos 144 exemplares, a um custo unitário de R$ 74,00. O resultado da licitação para a aquisição do produto foi publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (29).
O valor é baixo diante do tamanho do orçamento da Câmara, mas é simbólico que o Legislativo queira gastar dinheiro público em um item de uso pessoal dos parlamentares, que serviria apenas para o legítimo "carteiraço".
Conforme o modelo previsto no edital lançado pela Mesa Diretora da Casa, as carteiras serão confeccionadas em couro legítimo, contendo local para guardar dinheiro e documentos. Na capa, serão gravados o logotipo da Câmara e as inscrições "Poder Legislativo" e "Vereador".
O argumento de que o item seria útil para a identificação dos parlamentares - já que nem todos são conhecidos em todas as regiões da cidade - cai por terra porque, na mesma licitação, foi contratada a confecção de cartões de identificação funcional para os vereadores.
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Com um valor bem mais modesto (R$ 15,00 a unidade), o documento é muito mais útil do que a carteira em couro. O cartão terá o nome e a foto do vereador, o período do mandato e o número do RG. Como foram solicitadas 36 unidades, uma por vereador, esse documento custará à Câmara R$ 540,00, quase 20 vezes menos que a carteira.
O presidente da Casa, Márcio Bins Ely, afirma que a demanda pela identificação dos parlamentares partiu dos vereadores eleitos para o primeiro mandato em 2020 e que o modelo escolhido é inspirado nos Legislativos estadual e federal.
— Foi um assunto deliberado pela Mesa Diretora, para que fizéssemos uma identificação parecida com a dos deputados estaduais e federais — explicou Bins Ely.
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