Vitória do governo no STF
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O governo do Estado conseguiu, no Supremo Tribunal Federal (STF), liminar contra a lei federal que limitou a contribuição previdenciária dos militares a 9,5% em 2020 e 10,5% em 2021. Com a decisão, o governo deve garantir o apoio da base aliada na Assembleia para mudar o desconto de brigadianos e bombeiros, hoje em 14%, para uma estrutura progressiva, entre 7,5% e 22%, de acordo com a faixa salarial.
Os mesmos percentuais que o Piratini deseja aplicar aos militares já foram aprovados para os servidores civis do Estado, em dezembro.
Depois do Carnaval, o governo definirá qual a melhor estratégia para colocar o projeto em votação na Assembleia. A proposta deve ir à votação até abril.
Reajuste no piso
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O governador Eduardo Leite encaminhou à Assembleia projeto de lei prevendo reajuste de 4,5% para todas as faixas do piso regional. A proposta, que deve ser aprovada sem dificuldade, fará com que o menor salário na iniciativa privada do Rio Grande do Sul passe de R$ 1.237,15 para R$ 1.292,82.
Ao encaminhar o projeto, Leite desagradou tanto os empresários, que queriam a extinção ou o congelamento no mínimo regional quanto as centrais sindicais, que pediram aumento de 8,12%.
Na justificativa, o Piratini diz que o projeto "prima pelo equilíbrio entre a valorização da mão de obra regional e a prevenção de distorções no mercado de trabalho, com a manutenção dos níveis de emprego das categorias abrangidas por este mecanismo no âmbito estadual".
Lei Kandir
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Um grupo com representantes de 11 partidos, de todos os matizes ideológicos, firmou consenso pela reivindicação de uma compensação pelas perdas com a Lei Kandir. O grupo pretende convencer o governador Eduardo Leite a pressionar o Congresso para a votação de um projeto de lei que estabelece as regras de compensação.
Cauteloso, Leite disse que o Estado mantém a disposição de lutar por eventuais receitas advindas da restituição, mas teme que a expectativa pela indenização inviabilize futuras reformas.
Insinuação de Bolsonaro
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O presidente Jair Bolsonaro insultou, com uma insinuação sexual, a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo. A declaração foi referência ao depoimento de um ex-funcionário de agência de disparos de mensagens em massa por WhatsApp na eleição passada para a CPI das Fake News na semana passada.
Políticos, entidades que representam veículos de imprensa e o Observatório da Liberdade de Imprensa da OAB repudiaram o ataque.
Acertos na Capital
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Por unanimidade, o diretório do PT em Porto Alegre aprovou resolução que indica apoio à candidatura de Manuela d’Ávila (PCdoB) a prefeitura. Será a primeira vez que o partido, que governou a cidade entre 1989 e 2004, não encabeçará uma chapa na Capital.
De outro lado, o PSL, antigo partido do presidente Jair Bolsonaro, fechou apoio à reeleição do prefeito Nelson Marchezan (PSDB). O tucano já havia acertado o apoio do PL e já soma um quarto do tempo total de rádio e TV para a campanha.