Dona de 1,5 milhão de votos para o Senado na eleição de outubro, a empresária Carmen Flores deixará o PSL nos próximos dias. A decisão leva em conta as articulações e a disputa interna pelo comando da legenda no Estado, que, por determinação do PSL nacional, será presidida pelo deputado eleito Luciano Zucco. A presidente do PSL no Rio Grande do Sul, no entanto, informa que não foi comunicada pela direção nacional sobre a posse de Zucco em seu lugar.
— Os deputados (gaúchos, eleitos) foram até Brasília e fui execrada lá. Não posso concordar com isso e por isso estou deixando o partido — disse ela. — Estou muito triste porque não deram o valor a todo o trabalho que fiz. Larguei tudo, a minha empresa, para me dedicar — completou, sobre a reclamação dos colegas eleitos no RS sobre sua gestão.
Carmen diz que não concorda com a formação da mesa diretiva que está se desenhando para o ano que vem, com apenas deputados na executiva. A "senadora do Bolsonaro" ressalta, porém, que continua admirando o presidente eleito:
— Bolsonaro para sempre, PSL nunca mais.
Carmen não quis revelar para qual legenda deverá migrar e afirma que a negociação com seu futuro partido está "90% certa".
Logo após o anúncio do futuro secretário da Segurança, o governador eleito Eduardo Leite informou à coluna que havia sido comunicado que Zucco seria o novo presidente do PSL a partir do ano que vem e que agora conversa com ele sobre a possibilidade de o partido integrar sua base aliada. O tenente-coronel do Exército esteve na sede da Procergs pouco antes da coletiva que anunciou o chefe da pasta de Segurança. O PSL terá quatro deputados na Assembleia a partir de fevereiro de 2019.