Para se ter ideia do tamanho do estrago que Sérgio Machado pode provocar em seu partido, o PMDB, imagine-se um filme com quatro horas de duração, feito apenas de diálogos, sem tomadas panorâmicas. Pois são quatro horas de gravação que acompanham o acordo de colaboração premiada que Machado fechou com o Ministério Público Federal.
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Ainda não se sabe quem são os interlocutores que o ex-presidente da Transpetro gravou, além de Romero Jucá. Os mais citados são José Sarney e Renan Calheiros, mas uma fonte da coluna informa que foi "toda a cúpula do PMDB e mais alguns".
Até que o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, levante o sigilo, todos os caciques do PMDB que conversaram com Machado nos últimos meses vão perder o sono reconstituindo mentalmente os diálogos capazes de abalar a República.