
O presidente do South Summit Brasil, José Renato Hopf, foi muito feliz no artigo que publica em ZH desta quarta-feira (9), quando diz que a primeira edição em Porto Alegre, em 2022, foi um reencontro, depois da tragédia da pandemia.
Pois agora também é um momento de reencontro - dos porto-alegrenses com os próprios porto-alegrenses, como os brasileiros e com o mundo. Porque o mundo está na Capital.
Mais do que isso, está no palco a partir do qual Porto Alegre começou a submergir em 3 de maio do ano passado. No armazém 6, a água chegou a mais de 5 metros de altura.
Há, portanto, o aspecto simbólico do local onde o South Summit ocorre.
Mas também não é só isso - a inovação precisa estar a serviço de soluções que ajudem o Estado na adaptação às mudanças climáticas. E há bons exemplos de start ups que atuam nesse sentido: no desenvolvimento de aplicativos que medem a eleivação das águas, que auxiliam no alerta em caso de tragédias, que ajudam para onde direcionar voluntários, alimentos e medicamentos em meio ao caso das situações de catástrofe e soluções de apoio a empreendedores que foram afetados pelas enchentes e que ainda enfrentam o desafio de se reerguer.
Muita coisa precisa ser feita ainda em Porto Alegre: quase um ano depois do dilúvio, os diques não foram completamente reerguidos - e não se trata de reconstruí-los apenas, é preciso torná-los mais altos (isso significa reconstruir melhor); há vários projetos sobre bacias hidrográficas em fase de elaboração, as casas de bombas ainda falham, as comportas não foram concluídas completamente. A cidade alaga a cada chuva mais forte e rápida.
O temporal da semana passada, que prejudicou inclusive as instalações montadas para o evento, mostra que estamos longe. Mas a realização do evento mostra a capacidade de uma cidade que tenta se reerguer. E isso não é pouco.
O South Summit é parte da Porto Alegre e do RS que dão certo: a união dos setores público e privado, cada um fazendo a sua parte.