
Depois que a coluna publicou a situação precária de trabalho de agentes e delegados do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) na sede provisória, recebeu relatos de servidores da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) também reclamando das condições do local.
Assim como os policiais, os funcionários da Educação ocupam o antigo complexo da CEEE, onde funciona o Centro Administrativo de Contingência (CAC) desde maio do ano passado, depois que o Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), afetado pela enchente, ficou inviabilizado.
Uma servidora, que prefere não ser identificada, enviou à coluna a seguinte mensagem:
"O que ninguém fala é que nós da Secretaria de Educação estamos lá desde metade do ano passado. No andar que trabalho instalaram ar-condicionado em dezembro, mas no 4° andar não tem. Também não temos extintores. Por favor lembrem de nós, porque ninguém lembra".
Segundo a servidora, os funcionários cumprem jornada de três dias presenciais e dois de teletrabalho:
"Exatamente porque não tem lugar para todo mundo. Elevadores funcionam somente em alguns dias. Recentemente, colegas ficaram presas, porque ele parou. O acesso para quem vem caminhando é através de cem degraus. Temos muitas colegas idosas. A cozinha fica em outro prédio. É uma lista sem fim de problemas porque ninguém vê que nós, da Seduc, estamos lá."
Questionada, a secretaria informou que "está em tratativas avançadas para transferência para um novo local, tendo em vista o número de servidores e características das atividades desenvolvidas". O prédio oficial da Seduc, dentro do complexo do CAFF, teve o térreo afetado pela enchente de maio do ano passado.