
O quadro clínico do papa Francisco, 88 anos, evidentemente, segue crítico, mas o tom dos comunicados emitidos pelo Vaticano sobre seu estado de saúde vem, sutilmente, se tornando mais otimista.
Os boletins da manhã (madrugada no Brasil normalmente são mais lacônicos), limitando-se a informar que o Pontífice dormiu e segue repousando. Os do início da noite (tarde no Brasil), em geral, é mais detalhado - até agora, foram três momentos relatados em que as condições pioraram.
O mais recente foi na segunda: dois episódios de insuficiência respiratória aguda por "um acúmulo significativo de muco endobrônquico". Francisco foi submetido a dois procedimentos para ter as vias respiratórias liberadas e voltar a respirar com mais facilidade.
De lá pra cá, há uma estabilidade - inclusive nesta quinta-feira (6) foi informado que o Papa iniciou fisioterapia para melhorar a mobilidade, o que, segundo interlocutores da Santa Sé consultados pela coluna entendem como uma esperança de melhora. Uma vez de volta ao Palácio Apostólico, Francisco provavelmente não terá a mesma agenda frenética de antes da internação no Hospital Gemelli.
O quadro pode mudar a qualquer momento - e a idade avançada do Pontífice, obviamente, é um agravante de risco.