
Mais de seis meses depois da morte do gaúcho André Hack Bahi, na Ucrânia, as cinzas do combatente finalmente chegaram ao Brasil. Elas foram transportadas em um avião da Turkish Airlines, que pousou no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na noite de segunda-feira (12).
Natural de Porto Alegre, André, 43 anos, foi o primeiro brasileiro morto na guerra, em 4 de junho, em combate com os russos em Severodonetsk. Ele havia se juntado às fileiras ucranianas no início do conflito. Outros dois brasileiros morreram até agora nos confrontos no país invadido: o também gaúcho Douglas Búrigo, 40 anos, e a paulista Thalita do Valle, 39 anos. As cinzas dos dois já haviam sido entregues às famílias.
O corpo de André foi cremado em Kiev, a capital ucraniana. A família, em Porto Alegre, onde vivem os pais de André, deseja, agora, realizar um pedido do combatente: ter as cinzas jogadas no mar, em uma praia do Ceará, onde mora a viúva, Riana Maria Andrade Moreira.
Sem dinheiro para passagem, ela tenta viabilizar a viagem de Maranguape até Guarulhos para recuperar as cinzas do marido. Além do custo dos tickets, para a retirada da urna é necessário pagar uma taxa de R$ 314,38.
Transferências via PIX podem ser feitas em nome de Riana Maria Andrade Moreira, CPF 051983313-92.
A família espera que, junto com as cinzas, tenham vindo pertences do gaúcho - além do atestado de óbito, roupas, aparelhos de celular e medalhas ofertadas pelo governo ucraniano. Uma bandeira do Brasil, que André costumava exibir com orgulho em vídeos e fotos em redes sociais, teria caído em mãos de combatentes chechenos que lutam ao lado dos russos.