![Reprodução / Reprodução Reprodução / Reprodução](https://www.rbsdirect.com.br/filestore/3/0/5/5_1f5e3de4ac044b3/5503_c16d1a38bf150bc.jpg?w=700)
Dezenove anos depois do assassinato do jornalista americano Daniel Pearl, do jornal The Wall Street Journal, em Karachi, Paquistão, os quatro condenados podem ser libertados, conforme decisão da Suprema Corte do país.
Então chefe da sucursal do Journal na Ásia, Pearl foi sequestrado e morto ao investigar a ação de grupos extremistas paquistaneses e sua relação com a rede Al-Qaeda, responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001, nos EUA.
O sequestrou de Pearl ganhou amplo destaque em meio às ameaças ao trabalho de jornalistas pelo extremismo bem antes do grupo terrorista Estado Islâmico começar a sequestrar e decapitar repórteres na Síria e no Iraque. O vídeo de sua morte, enviado à família, chocou o mundo.
O drama de Pearl foi contado por Mariane Pearl, mulher do jornalista, no livro "Coração Valoroso", que recomendo. Depois, a obra virou filme, "O Preço da Coragem", com Angelina Jolie no papel da esposa do repórter. Outro livro da época, com as reportagens de Pearl, chama-se "Cidadão do Mundo". Todos foram editados em português.
Quatro homens foram presos em 2002 e um deles, tido como o mentor da morte, o britânico Ahmed Omar Saeed Sheikh, foi condenado à pena capital. No ano passado, o tribunal da província de Sindh, onde fica Karachi, revogou as condenações dos três primeiros e reduziu a sentença de Sheik, da pena de morte para sete anos de prisão. O argumento é de que os homens "sofreram danos irreparáveis e extremo preconceito" após passarem 18 anos atrás das grades. Em dezembro, a Justiça local os liberou. Agora, após recurso da família, a Suprema Corte paquistanesa confirmou a decisão.
A família de Pearl tenta reverter a decisão.