Xi Jinping ainda não havia aterrissado de volta a seu país, após o encontro dos Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Brasília, na semana passada, mas a poderosa engrenagem da ditadura comunista já estava em movimento para endurecer a repressão contra os manifestantes de Hong Kong. Iniciada em junho, a crise no território semiautônomo de 7,5 milhões de habitantes atingiu um ponto de inflexão com a entrada em cena do Exército Popular de Libertação nas ruas do enclave pela segunda vez desde que a região foi devolvida pelo Reino Unido à China, em 1997 — a primeira foi em 2018, para ajudar na limpeza após a passagem de um tufão Mangkhut. Dessa vez, por enquanto, os soldados vermelhos saíram dos quartéis para auxiliar na retirada de barricadas das vias, mas daí a assumirem a missão de controlar o caos é um passo.
Geopolítica
Hong Kong vive dias de Ucrânia pré-revolução
Pela primeira vez desde o início da crise, soldados do regime comunista chinês atuam nas ruas do território
Rodrigo Lopes
Enviar email