Prepare-se: assistiremos a dias dramáticos na Europa. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, mal cruzou o Canal da Mancha, de volta do encontro do G7, e protagonizou uma manobra política que, fosse na América Latina, haveria quem a considerasse um golpe branco. Ele pediu e a rainha Elizabeth II deu a bênção (um sinal apenas simbólico) a suspensão das atividades do parlamento por cinco semanas, a partir de 10 de setembro. O que isso significa? Os deputados, que estão em recesso de verão no Hemisfério Norte, voltarão ao trabalho na próxima terça, 3, pararão de novo no dia 10 e só retornarão em 14 de outubro, ou seja a 17 dias da fatídica data anunciada para a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). O objetivo da manobra: restringir o tempo para que a Casa possa discutir alternativas para uma saída negociada do bloco econômico. O Reino Unido caminha a passos largos para o divórcio litigioso, o "no deal".
Europa
Ao suspender parlamento, premier britânico Boris Johnson exibe face autoritária
Primeiro-ministro britânico pede e rainha Elizabeth dá a bênção para suspender o parlamento
Rodrigo Lopes
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