A Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada para ajudar a evitar guerras e repetições de genocídios como os da II Guerra Mundial. Mas crise humanitária sem precedentes desencadeada na fronteira entre Bangladesh e Mianmar pela perseguição à minoria rohingya é um dos símbolos de seu fracasso. De nada adianta realizar uma Assembleia Geral com 183 líderes, como ocorreu em Nova York há uma semana, se a resposta é lenta ou quase inexistente diante de catástrofes humanitárias.
Mais de 400 mil pessoas, a maioria idosos, mulheres e crianças, cruzaram desde 25 de agosto a fronteira de Bangladesh fugindo da ofensiva dos militares birmaneses que a ONU chama de “limpeza étnica típica”, mas nada faz. O assunto é tema de capa da revista Time em sua edição asiática.