Na coluna anterior vimos que o pai fundador do grupo terrorista Estado Islâmico, Abu Musab al-Zarqawi, conheceu o radicalismo em uma mesquita de Amã, Jordânia, seu país natal. No final dos anos 1980, o Afeganistão havia se tornado um imã mundial para muçulmanos radicais interessados em contribuir para expulsar os soviéticos de lá. Era o auge da Guerra Fria e, se EUA e URSS não se enfrentavam diretamente no campo nuclear, faziam de suas zonas de influência, na Ásia Central, Sudeste Asiático, América Latina. Foram no Afeganistão, no Vietnã, em Cuba, e nas ditaduras do Cone Sul que a guerra foi quente. Abu Musab AL-Zarqawi, o homem que décadas mais tarde fundaria o Estado Islâmico que apavora o mundo – com inspirações no Brasil -, era um dos soldados da causa, que migraria para lá em dezembro de 1989.
Terrorismo
Para entender o Estado Islâmico (2): prisões como especialização do terror
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Rodrigo Lopes
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