Foi mais um jogo sem qualidade do Grêmio. Defensivamente, o time é desastroso. Jemerson conseguiu fazer outro pênalti com o adversário saindo pela linha de fundo. Marchesin errou. Rodrigo Ely, também. E o Grêmio perdia no primeiro tempo por 1 a 0 para o Atlético-GO e deixava o torcedor preocupado.
Ainda na primeira etapa vimos o primeiro gol, que representava um alívio parcial para o torcedor gremista. O time do Grêmio não é bom, tem uma montagem de grupo repleta de jogadores que estão se aposentando, e cada vitória vem acompanhada de muito sofrimento.
Renato Portaluppi não entrega mais nada ao time, que parece não existir coletivamente. Ele acha que faz um grande trabalho. Defende-se bravamente trazendo números do passado. São números verdadeiros, só que o presente é constrangedor.
Quando o nome do treinador foi anunciado no estádio, ouviu-se vaias. Muitas vaias. Algo inédito para quem tem tantas vitórias como jogador e como técnico da equipe gremista. Renato está terminando seu ciclo no Grêmio de forma melancólica.
O grupo tem bons jogadores, mas o time inexiste. Renato nada acrescenta. Agora tem jogos muito difíceis pela frente. O Fluminense, no Maracanã, e depois o Palmeiras, também na casa do adversário. Mas, como conseguiu abrir alguns pontos da zona de rebaixamento, viaja para essas partidas com alguma tranquilidade.
Mas os erros são os mesmos. Termina o ano sem um time. As categorias de base já não conseguem ver seus jogadores. Renato pediu muitos atletas e só tinha Ronald, no banco, que foi formado pelo clube.
Muita coisa precisa mudar. Uma vassourada precisa entrar nos gabinetes e no vestiário do Grêmio. O ano está terminando com pouca coisa para aproveitar. Trinta e sete mil torcedores vibraram com a oportuna vitória. Ao mesmo tempo, carregaram toneladas de preocupação pelo mau futebol do seu time.