Ele era quase um homem de confiança do treinador Renato Portaluppi. Sempre que Geromel ou Kannemann não podiam jogar, era ele o escolhido naturalmente. Suas atuações sempre tiveram muita qualidade. Chegou a marcar gols importantes e até foi capitão do time.
Aí veio o fatídico jogo contra o Santos, na Vila Belmiro. Com oito segundos de partida Jean Pyerre fez um dos seus muitos recuos desastrados e Kaio Jorge tomou a frente de David Braz para marcar o primeiro gol do Santos. Eram apenas o início da partida e o Santos já ganhava de 1 a 0.
Alguns acham que David Braz foi lento no lance, outros condenam o recuo curto feito por Jean Pyerre. Sendo de um ou de outro, o fato marcante é que dali em diante o zagueiro do Grêmio foi arquivado por Renato Portaluppi. O treinador preferiu a escalação do jovem Rodrigues, um bom jogador, em franca evolução profissional, mas ainda com muitos problemas para resolver.
E David Braz? Este foi arquivado. Nunca mais se cogitou sua escalação. Quando se fala na possibilidade de tirar Rodrigues do time vem a informação que Paulo Miranda pode ser o escolhido. Ou seja, David Braz, de homem de confiança, zagueiro goleador, por vezes capitão do time, se tornou terceira ou quarta opção para o treinador.
Será que Renato o considerou culpado daquele lance? Será que ele cometeu algum outro erro ou não aceitou ser responsável por aquele momento? Seja qual for a razão, o Grêmio está perdendo a chance de escalar um zagueiro competente e experiente, que poderia contribuir nos jogos finais da Copa do Brasil, quando tudo isto entra em campo e Geromel está fora.