Antes da pandemia, no início do ano, recebi uma informação de que o jogador Cavani pensava em jogar até a metade do ano no Paris Saint-Germain, terminar seu contrato e voltar para a América do Sul, ficando mais perto do seu país e de sua fazenda, algo de que ele gosta muito.
Cavani é chegado às lidas campeiras, e estar perto deste ambiente lhe agrada muito. Claro que ele sabia que ganharia menos. Mas, como já é um homem milionário, dinheiro deixou de ser o mais importante na sua vida.
Aí, nasceu a primeira desconfiança.
Quando ele jogou a Copa América pelo Uruguai e visitou a Arena, foi recebido com muito carinho por todos, ganhou camiseta do Grêmio e viu que, com seu avião, em menos de uma hora poderia estar na sua fazenda durante as folgas. O assunto morreu ali.
No entanto, quando o jornalista Sebastián Srur colocou no seu Twitter que este jogador seria contratado pelo Grêmio, os dirigentes gremistas se apressaram em desmentir. Só que o discurso foi o mesmo:
— Não podemos pagar milhões para um jogador que é pretendido pelos grandes clubes da Europa.
Ora, eles sabem que a vinda deste jogador para cá só aconteceria por remuneração compatível com o nosso mercado. Por exemplo, R$ 1,5 milhão por mês, algo em torno de US$ 300 mil. Negócio muito factível para um clube que já pagou R$ 1,25 milhão por mês por Tardelli.
Aí, cresceu minha desconfiança.
Por que este jornalista estaria inventando uma notícia? E por que teria saído a informação de que, no início do ano, ele queria retornar para sua casa?
Fato é que Paulo Luz, vice de futebol gremista, prometeu recentemente uma contratação de peso. Se voltarmos aos discursos que ouvimos de Cláudio Oderich, de Nestor Hein, de Romildo Bolzan, todos saíram com o óbvio de que o clube não pode concorrer com o mercado europeu. Quem não sabe disso? Este jogador só viria aceitando remuneração muito mais baixa. Mas há motivos para pensar que isso não é impossível.