Todos reconhecem em D'Alessandro e Léo Moura qualidades extraordinárias. Mas eles estão chegando ao ocaso de suas carreiras. Não conseguem mais participar de uma carreira de jogos. Seus músculos são maltratados, o fôlego já não é o mesmo, os espaços ocupados são muito menores.
D'Ale, 37 anos, já fez curso de treinador na Argentina. Este deve ser seu futuro. O que se imagina é que ele esteja fazendo o último ano de sua carreira, pelo menos em grande clube. Ele sempre mostrou liderança, sempre esteve à frente de movimentos dentro do vestiário, sempre deixou clara sua liderança por onde passou.
Léo Moura, 40 anos, viveu uma carreira de liderança técnica. Não existe lateral neste país com técnica tão apurada quanto a dele. Seus avanços, seus cruzamentos, suas assistências são notáveis.
Entretanto, o tempo deixa marcas. A vida de atleta em altas competições requer muita força, requer juventude, requer possibilidades físicas. Os dois são tratados com muito carinho nos seus clubes, projetos de utilização são feitos neste último ano de jogadores profissionais destes notáveis jogadores.
D'Ale será treinador. Moura se prepara para ser diretor-executivo. Eles possuem predicados que me levam a pensar que têm tudo para dar certo nos seus novos passos profissionais. Temos tempo, até o final deste ano, de ainda admirá-los em campo.