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Narrando o jogo da noite desta segunda-feira (29), quando o Grêmio goleou o Juventude na Arena, vi aquele grande lançamento de Jean Pyerre para Vizeu, que cruzou para Maicon marcar o terceiro gol tricolor. Lembrei o início de carreira de Paulo Henrique Ganso.
O jovem craque gremista fez a jogada com uma simplicidade marcante. Parecia estar brincando dentro do campo. Ganso fazia o mesmo. O meia tricolor está mostrando algo muito semelhante. São as semelhanças nas virtudes. Mas existe a semelhança nos defeitos.
Jean Pyerre parece lento e pouco participativo dentro das exigências do futebol moderno. Ganso era assim também. A grande diferença é que o craque do Grêmio tem muito tempo para corrigir defeitos, o que está sendo trabalhado pelo técnico Renato Portaluppi.
Ganso não tem mais. Ele vive seu final de carreira de forma opaca. Está por se acertar com o Fluminense, um clube quebrado.
Jean Pyerre tem toda vida pela frente. Está moldado para ser um jogador fabuloso, por todas estas virtudes que enumerei. Só lhe falta a aplicação, de que o futebol não abre mão, mesmo para os grandes talentos.