Segundo a projeção do momento, com apenas mais uma vitória o Inter garante o acesso. Não é uma façanha que deva ser imortalizada pelos torcedores, mas é algo muito significativo. O rebaixamento arranha a imagem dos clubes de ponta. O constrangimento colorado de disputar a Série B está chegando ao fim. Para tanto, foi feita uma verdadeira revolução interna no clube.
Cerca de 40 jogadores saíram. Foram feitos altos investimentos em reforços. A direção buscou montar um time muito superior à todos os adversários. Voos fretados e hotéis de luxo fizeram parte da rotina da delegação. Fico preocupado quando penso em como Marcelo Medeiros fará para pagar todas as contas. Em 2017, vendeu apenas o lateral William, para o Wolfsburg, por um preço reduzido e não divulgado. Agora é lotar o Beira-Rio, no sábado, contra o Ceará, ganhar o jogo e comemorar. O Inter vai voltar para seu lugar. Falta muito pouco.
Cada um vende seu peixe da melhor forma possível. Sábado, na sua entrevista coletiva, Guto Ferreira enumerou as últimas vitórias coloradas como resultado de seu trabalho. Reconheço que conseguiu montar um time, deu a ele uma forma de jogar. Mérito do treinador. Mas ainda falta muita coisa. Atrelado a resultados importantes, víamos fracos desempenhos.
Vejam contra o Criciúma. O time largou bem, fez 2 a 0 e poderia até ter feito mais. Só que depois permitiu o empate dos catarinenses. Precisou Camilo fazer um lançamento espetacular para Carlos colocar o líder novamente na frente. Não sei se a vitória foi merecida. Para este ano, sobrou. E para o ano que vem? Camilo está condenado à reserva permanente? Só há um esquema de jogo? Perguntas que Guto deve responder.