Dos 36 vereadores, 26 assinaram ontem um abaixo-assinado liderado por Roberto Robaina (PSOL): eles pedem para o prefeito Marchezan vetar o projeto que batiza com o nome de Marielle Franco uma viela com cara de terreno baldio.
Entre os signatários, há parlamentares sem qualquer identificação com o PSOL, como João Carlos Nedel (PP), Felipe Camozzato (Novo), José Freitas (PRB) e a presidente Mônica Leal (PP). Até o pastor Hamilton Sossmeir (PSC), que assumiu a cadeira do hoje deputado estadual Rodrigo Maroni (Podemos) – autor do controverso projeto –, decidiu assinar o documento.
Entre os 10 vereadores que não assinaram, segundo Robaina, cinco estavam ausentes da Câmara nesta quarta-feira (6). Dois pediram mais tempo para pensar e apenas três se recusaram a apoiar – Idenir Cecchim (MDB), Lourdes Sprenger (MDB) e Reginaldo Pujol (DEM).
– Queremos fazer uma homenagem à Marielle, mas da forma correta. Essa enorme quantidade de assinaturas é um reconhecimento justo e sensato à reivindicação do PSOL – diz o vereador Robaina.
Em dezembro, Rodrigo Maroni admitiu nunca ter visitado a rua, escolhida "de forma aleatória" em um cadastro com centenas de vias ainda sem nome. Quando a coluna foi ao local, encontrou uma viela estreita de areia e grama, sem moradores nem acesso para carros, escondida em meio ao lixo no bairro Hípica.