Trabalhei numa rua onde havia uma árvore torta. Ela cresceu para os lados, invadindo a calçada com seu tronco diagonal, mas a vizinhança gostava dela assim. Um dia, a cortaram. Fiquei furiosa e fui em busca de culpados. Defendia a causa ecológica, as ruas verdes, achava o tronco propício para as crianças subirem. Considerei o corte uma espécie de intolerância com a diferença. Associava a estranheza do vegetal com outros tipos de diferenças que deviam ser respeitadas.
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