O 14 de Julho, dia nacional da queda da Bastilha, em pleno verão europeu, é um feriado de festividades em toda a França. Em 2016, a data foi marcada pela tragédia e para sempre manchada de sangue no calendário: 86 mortos e mais de 400 feridos no atentado terrorista praticado com um caminhão na avenida à beira-mar da cidade de Nice, no Mediterrâneo. Após os terríveis ataques sofridos em 2015, os franceses atravessaram o ano, mais uma vez, sob a constante ameaça terrorista. Houve ainda o assassinato de um policial e de sua mulher, em Magnanville, e a execução do padre Jacques Hamel na igreja de Saint-Étienne-du Rouvray. E qualquer violência ocorrida nas vizinhanças – como em março, em Bruxelas, e em dezembro, em Berlim – ecoa por aqui, reavivando todos os temores. O estado de emergência, com um nível elevado de vigilância antiterrorista, tem sido consecutivamente prorrogado. E o turismo no país mais visitado do mundo amargou uma drástica queda, de quase 10% no ano, levando as autoridades a reagir para evitar a sangria.
Toujours Paris
Mais uma vez, os franceses viveram sob a constante ameaça terrorista
O atentado com um caminhão em Nice, o assassinato de um policial e de sua mulher em Magnanville, e a execução de um padre na igreja de Saint-Étienne-du Rouvray marcaram o ano de 2016 na França
Fernando Eichenberg