A imprensa não poderá, mais uma vez, acompanhar as discussões da Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP7). Assim como ocorreu na Rússia, em 2014, os jornalistas assistiram apenas ao primeiro dia de sessões.
Na segunda-feira, quando terminaram os pronunciamentos oficiais, a Tailândia sugeriu que as próximas reuniões não tivessem a presença da imprensa e nem do público inscrito como geral. Como nenhum país se opôs, a sugestão foi acatada.
Nesta terça-feira, após entrar sem autorização na sala principal da conferência principal, o jornalista americano Drew Johnson, que trabalhou no Washington Post, foi retirado do local. Ao resistir em sair, foi conduzido à força por seguranças. Após questionar de forma veemente a decisão da organização, Johnson teve sua credencial de acesso ao centro de convenções retirada.
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Ao longo da semana, as informações serão divulgadas por meio de informativos e coletivas ao final do dia, a de hoje super evasiva.
Deputados barrados, porém avisados
Os cinco deputados estaduais gaúchos que vieram à Índia para acompanhar a COP7, Adolfo Brito (PP), Edson Brum (PMDB), Marcelo Moraes (PTB), Pedro Pereira (PSDB) e Zé Nunes (PT) podem reclamar de ter sidos barrados no evento, mas não de estarem desavisados.
No dia anterior, após participar da sessão de abertura como público geral, os parlamentares foram comunicados de que não poderiam entrar na conferência no dia seguinte. E a situação não é novidade para eles, que já participaram de outras edições. Em se tratando de COP, concordando ou não, sabe-se que existe muita resistência da organização quanto à participação do público ligado ao setor produtivo.
Representantes de produtores e da indústria de tabaco, que também estão mobilizados aqui na Índia, sabem disso e nem foram à conferência nesta terça-feira para evitar esse tipo de situação.