O que a Copa da Rússia trouxe de novo foi o encurtamento das distâncias entre tradicionais e emergentes. Não por acaso, as semifinais confrontam duas seleções campeãs do mundo e duas desafiantes virgens no quesito. Nesta terça-feira (10), a equilibrada França, que ganhou a taça em casa 20 anos atrás, dá de frente com a eufórica Bélgica, que traz dois anos de invencibilidade e uma classificação recente sobre o Brasil.
A França apresenta Mbappé de protagonista, a Bélgica eleva De Bruyne a esta condição. Nos nossos melhores sonhos – que não eram quimeras, combinemos –, o Brasil estaria jogando nesta terça, mas é fato vencido.
Os belgas são mais ofensivos do que os franceses, que se defendem melhor. Taticamente, nenhum deles trouxe qualquer revolução. Vale também para os times que jogam a semifinal desta quarta-feira (11).
Vejo a Croácia melhor equipe do que a Inglaterra. Porém, quem se classificou nos 90 minutos nas quartas de final foram os ingleses. Os croatas pariram uma bigorna para eliminar os russos.
No duelo desta quarta, não creio que uma ou outra parta para dentro. Quase não se viu tanta audácia na Copa. Grassaram linhas de cinco atrás. O drible não deu jeito. Aliás, a bola parada é o novo drible.
Jogos de desempenhos iguais de lá e de cá estão sendo decididos não mais pelo improviso e sim pela jogada ensaiada de falta ou escanteio. Fica um tanto chato de ver, mas é o que temos para o momento.
O sim de Tite
A CBF tenta provar que vive outro tempo depois de tantos escândalos. Formalizou convite para que Tite permaneça. Se bem o conheço, seu sim dependerá só de uma coisa: continuará tendo a autonomia que norteou o trabalho desde que assumiu? Atuará com a equipe de sua confiança como foi em todo este período de sua atividade?
Se tiver resposta positiva para estas questões do futuro presidente Rogério Caboclo, que já manda na entidade, Tite renova para começar um ciclo inteiro de trabalho. É o melhor que pode acontecer para o futebol brasileiro.