
Sem surpresas à vista na superquarta — data que concentra as decisões dos bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil —, o dólar fechou em R$ 5,647, menor cotação desde 14 de outubro de 2024. A sessão desta quarta-feira (19) é a sétima seguida de redução, desta vez de 0,45%.
O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) manteve a taxa básica de juro por lá, entre 4,25% e 4,5%, como era esperado pelo mercado. E ainda fez uma sinalização que pode indicar cortes no futuro: o crescimento econômico dos EUA está mais fraco.
Cortes de juro nos EUA têm potencial de atrair investidores para o Brasil por aumentar o diferencial de juro. Com taxa muito alta aqui e mais baixa lá, há incentivo para aplicações aqui. Quando isso ocorre, há maior entrada de dólares, e o real tende a se fortalecer ante a moeda americana.
Na outra ponta da superquarta, o Banco Central (BC) vai ajudar a esticar a corda. Nesta quarta-feira (19), o Comitê de Política Monetária (Copom) vai elevar a Selic em mais 1 ponto percentual, para 14,25%, maior em oito anos.
*Colaborou João Pedro Cecchini