
Depois de sete sessões em queda, o dólar voltou a subir nesta quinta-feira (20), day after do final da aplicação do choque monetário com aviso do Banco Central que vem mais alta por aí. A cotação aumentou 0,5% sem voltar ao patamar de R$ 5,70. Fechou em R$ 5,676.
O encerramento da sessão ocorreu durante uma entrevista à Globonews do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cuja imagem no mercado desabou 34 pontos percentuais conforme pesquisa apresentada na quarta-feira (19). Participantes no mercado identificaram no discurso do ministro uma identificação além da habitual com o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As declarações do ministro, porém, não chegaram a afetar a cotação, que já vinha em alta antes dessa última manifestação do dia, que aliás foi pródigo em declarações de Haddad, seja em programas oficiais, entrevistas rápidas ou essa mais aprofundada.
Haddad repetiu uma fórmula de Lula ao dizer que o BC não pode dar "cavalo de pau" na política monetária, o que parece ser uma tentativa de desonerar o atual presidente, Gabriel Galípolo, da responsabilidade na elevação do juro.
No entanto, o ministro garantiu que o BC vai seguir sua missão: levar a inflação para a meta. Só disse que isso deve ser feito "com inteligência". Em tese, parece óbvio. Mas deixa uma pulga atrás da orelha sobre qual a sua versão do que é "inteligência".