
Nesta quarta-feira (19), representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) visitaram a planta de biometano da CRVR, localizada em Minas do Leão-RS. Financiada com recursos do banco, terá capacidade para produzir 66 mil metros cúbicos de biometano por dia, com investimento atualizado para R$ 130 milhões.
A obra que a coluna antecipou ainda em 2023 está em fase avançada de comissionamento (preparação final depois da obra já feita) e tem inauguração prevista para julho de 2025.
Segundo o diretor-presidente da CRVR, Leomyr Girondi, a empresa é a única no Rio Grande do Sul a dominar a tecnologia de produção de biometano a partir do biogás gerado em aterros sanitários.
— Esse projeto é um exemplo de como é possível crescer de forma sustentável, utilizando soluções inovadoras que respeitam o meio ambiente e contribuem diretamente para a qualidade de vida da população gaúcha — afirma Girondi.
Além da planta em Minas do Leão, a CRVR anunciou uma segunda unidade de biometano, em São Leopoldo. A nova estrutura terá capacidade para gerar 34 mil metros cúbicos ao dia, com investimento ao redor de R$ 100 milhões.
Somadas, as duas plantas representam investimentos de R$ 230 milhões, consolidando a empresa como uma das principais impulsionadoras de energia limpa no Estado.
O que é biometano
É um gás renovável produzido a partir da purificação do biogás gerado pela decomposição de matérias orgânicas, como o lixo urbano destinado a aterros sanitários. Com características e eficiência energética semelhantes ao gás natural fóssil, pode ser utilizado como combustível de veículos, aquecimento, geração de energia e processos industriais. Ao lado do diesel verde e do combustível sustentável para a aviação, o biometano fecha a trinca do novo programa do governo federal de incentivo à transição energética, o Combustível do Futuro, sancionado pelo Governo Federal em 2024. Inclui programas de incentivo à produção, estabelece o marco regulatório para captura e estocagem de carbono.