Em tempos polarizados, até o óbvio vira polêmica. Nos últimos meses, há um movimento global de ressignificação de práticas ESG (governança corporativa, social e ambiental). Mas quatro empresas que atuam no RS – da quais três nasceram aqui – descobriram um "segredo": cuidar do caixa, de pessoas e do ambiente não são atividades separadas: têm de andar juntas para obter sucesso.
O uso das aspas é a sua aparente obviedade, mas que anda menos visível do que as polêmicas que a cercam. No Painel RBS Retoma RS, conduzido pelo colega Rodrigo Lopes, o CEO da Renner, Fábio Faccio, comentou como a rede de varejo conseguiu cumprir metas desafiadoras:
— O que nos ajudou foi entender que, ao contrário da polarização atual, em que gera resultado ou faz ESG, se você fizer direito, gera ambos. Com economia mais regenerativa ou circular, é possível reduzir custos de forma sustentável. Um exemplo é a energia, que além de vir de fontes sustentáveis, é muito mais barata.
Leandro Marin, da Aegea (Corsan no RS) e Erasmo Batistella, da Be8, relataram como atingir metas ambientais já garantiram – ou vão garantir logo mais – redução na taxa de juros que pagam em financiamentos destinados à expansão e à melhora da eficiência da operação.
Daniel Randon, presidente da Randoncorp, detalhou como o fato de a empresa apostar em eletrificação reduziu seus custos e de seus clientes. E, de quebra, deu à empresa nascida em Caxias do Sul um lugar entre as companhias que têm tanto uma longa história quanto um longo futuro.