Pouco depois das 14h, dólar chegou à mínima do dia (até agora, ao menos): R$ 5,704. Foi a cotação mais baixa desde 8 de novembro, quando havia fechado em R$ 5,737. Nem a concretização da ameaça de Donald Trump de aplicar "tarifas de reciprocidade" abalou a trajetória do câmbio no rumo de alguma normalização.
O fato de a regra ser objeto de estudo para aplicação apenas em abril, com clara disposição de negociação, relativizou o poder da arma de Trump. Por outro lado, as vendas no varejo dos EUA tiveram queda de 0,9% em janeiro ante dezembro, o que mostra atividade econômica mais fraca, portanto mais chance de corte no juro.
A combinação deu uma dose de tranquilizante mais alta do que a habitual, e o dólar chegou a cair mais de 1% em relação ao real. É como se tivesse apagado toda a polêmica relacionada ao pacote de corte de gastos no final do ano passado.
Desde que começou a declinar, a partir exatamente da posse de Trump, a cotação do dólar vem registrando leves quedas ou oscilações para baixo. Nesta sexta-feira (14), trata-se de uma queda mais intensa.