Após recuar a R$ 6,05, até havia certa expectativa de que o dólar pudesse, enfim, voltar a se aproximar da faixa dos R$ 6 nesta terça-feira (7). Mas nem mesmo declarações cautelosas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fizeram a cotação acelerar a queda, fechando em R$ 6,104, variação de 0,12% para baixo.
Dados dos Estados Unidos apresentados nesta terça-feira mostraram que a economia segue aquecida, valorizando o dólar frente às demais moedas. A percepção do mercado é de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) tende a manter o juro alto por mais tempo. Cortes ajudariam a atrair investidores para o Brasil por aumentar o abismo que já existe entre a taxa nacional e a americana.
À GloboNews, o ministro disse ao menos duas coisas que poderiam atenuar o mau humor dominante, admitindo "erro grave" ao misturar o anúncio do pacote de corte de gastos com a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e afirmando que é preciso "calibrar" a expansão do PIB, o que em tese, ajudaria a conter a inflação.
Embora o câmbio tenha oscilado bastante durante a entrevista ao vivo, as declarações de Haddad não fizeram muito preço. Mas a cotação ainda estava ao redor de R$ 6,06 ao final de sua participação. O que mais pesou, de fato, foi a informação sobre a economia americana.
*Colaborou João Pedro Cecchini