
Nesta segunda-feira (8), houve um anúncio inusitado: a Votorantim, conhecida por atividade nas áreas de alumínio, cimento e finanças, avisou que está comprando uma fatia de outra gigante em um segmento totalmente diverso, o farmacêutico.
A família Ermírio de Moraes vai ficar com 5,11% do capital da Hypera Pharma, uma das maiores do país, dona de marcas como NeoQuímica e Mantecorp, Engov e Tamarine. O valor não foi anunciado, mas com base no preço da ação, é estimado em cerca de R$ 1,2 bilhão. O tamanho das duas empresas e do próprio negócio evidencia que o setor de saúde passou a ocupar o centro das atenções até de quem nunca atuou na área.
Foi por ter esse mesmo diagnóstico que a Bateleur adicionou um sócio à empresa e criou uma área focada em "health management" (gestão de saúde). A intenção é usar melhor os recursos, reduzir desperdícios, ampliar margens econômico-financeiras e, ao mesmo tempo, proporcionar aos pacientes um atendimento mais qualificado e eficaz.
Conforme o CEO Fernando Marchet, a pandemia e o cenário que se seguiu ao auge do problema mostraram tanto a demanda que existe no segmento quanto os desafios a superar. O novo sócio é Mauro Medeiros Borges, que foi vice-presidente do conselho de administração da Unimed Porto Alegre; diretor da Unidade HPS do Grupo Notredame Intermédica, superintendente médico no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, diretor médico e diretor de Operações no Americas Serviços Médicos (AMS) – rede que administra 21 hospitais em todo o Brasil, dentre os quais o Hospital Samaritano.
— A área da saúde passou por transformações aceleradas no período da pandemia e, hoje, demanda ajustes estruturais importantes na sua operação e nos seus modelos e processos de gestão — diz Marchet.
A Bateleur opera com duas grandes divisões. Uma é de consultoria em negócios, inclusive com apoio à gestão, deslocando profissionais para ocupar funções executivas temporárias nas empresas. Outra é de M&A, ou seja, de apoio a fusões e aquisições. Segundo Marchet, a unidade focada em saúde vai atuar em paralelo, mas atenta às possibilidades dessas duas áreas.
Leia mais na coluna de Marta Sfredo