Não é um dado oficial, mas já está registrado em todos os sites especializados em veículos e tecnologia: no primeiro trimestre, o Tesla Y - da montadora do bilionário Elon Musk - teria ultrapassado o Toyota Corolla e se transformado no carro mais vendido no planeta.
E, sendo Tesla, é elétrico. A fonte original da informação é a empresa de análise de dados chamada Jato Dynamics, que tem credibilidade suficiente para ser citada por publicações como o The Verge, referência na área de tecnologia.
Era uma questão de tempo, mas ainda surpreende, talvez por ter sido mais rápido do que se esperava. Ou porque, apesar de vários tipos de subsídio que os elétricos têm fora do Brasil, o Tesla Y custa cerca de US$ 45 mil, enquanto o Corolla é vendido ao redor de US$ 21 mil nos Estados Unidos. O modelo é SUV médio, apresentado pela fabricante como "desenhado para a segurança". Tem autonomia para 500 quilômetros e carrega as baterias - são dois motores - em 15 minutos.
Conforme os dados levantados pela Jato Dynamics, o Tesla Y teria vendido 267,2 mil unidades no mundo no primeiro trimestre, enquanto o Corolla teria chegado a 256,4 mil. Caso os números estiverem corretos, isso significaria um aumento de 69% nas vendas do modelo elétrico entre os primeiros três meses de 2022 e o mesmo período deste ano.
Elon Musk, que acabou de anunciar seu afastamento do dia a dia do Twitter, havia afirmado em 2016, ainda antes do lançamento do Tesla Y, que a demanda do modelo cresceria do patamar de 500 mil para 1 milhão ao ano. A Tesla não fornece dados exatos de vendas, mas informou ter entregue cerca de 400 mil unidades do Model Y e do Model 3 a consumidores no primeiro trimestre.
A eletrificação que bomba no Exterior ainda engatinha no Brasil, entre outros motivos pelos preços ainda muito altos. O carro mais barato foi lançado aqui por R$ 150 mil - e já custa mais do que isso. E como o estímulo que o governo quer dar à indústria automobilística - por poucos meses, avisou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad - não vale para veículos acima de R$ 120 mil, a popularização dos elétricos ainda não foi ligada na tomada.