O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço
A temporada de balanços anuais segue a todo vapor na B3 – a bolsa de valores do país. Algumas gaúchas listadas estiveram em destaque na semana. É o caso da Gerdau, que, nesta quarta-feira (1), reportou a maior receita líquida de sua mais do que centenária história, em 2022, com R$ 82,4 bilhões. A cifra representa alta de 5% sobre 2021 e contribuiu para distribuir, nada menos do que R$ 6 bilhões (R$ 3,63 por ação) em dividendos, outra marca inédita da companhia.
– Mostra a capacidade de transformação e de se seguir compartilhando valor, oferecendo produtos e serviços mais inovadores e sustentáveis – declarou o CEO, Gustavo Werneck.
Um dia antes, na terça-feira (28), os holofotes miravam a dupla de Caxias do Sul, ou seja, Randon e Marcopolo, ambas com despenhos acima das estimativas iniciais (guidance). A fabricante de carrocerias, Randon, por exemplo, também teve a maior receita líquida da história com R$ 11,2 bilhões – 23% acima do ano anterior.
– Encerra um ciclo intenso e desafiador, do qual saímos com sensação de dever cumprido. Mesmo em um cenário complexo e com alta competitividade em nossos mercados de atuação, atingimos recordes históricos de receita – resumiu o CFO, Paulo Prignolato.
Na vizinha Marcopolo, a expectativa era maior. A produtora de ônibus da Serra frequentava, junto de Weg e Embraer, o topo da lista de otimismo dos investidores em pesquisa prévia realizada pelo Bradesco.
Com um lucro líquido de R$ 265,3 milhões, somente no último trimestre de 2022 – quatro vezes superior ao de igual período de 2021, a performance não decepcionou as apostas. A receita líquida do ano passado seguiu a batida: R$ 5,4 bilhões – 54,8% de acréscimo sobre o os 12 meses anteriores.
Em comunicado, a companhia explica que a entrega de 4.167 unidades (+37,5%), na quarto trimestre passado, foi puxada “pela retomada dos mercados de ônibus, com passageiros e usuários voltando a viajar normalmente”.
Outras empresas de capital aberto gaúchas já divulgaram os balanços em fevereiro, caso de Banrisul, Kepler Weber, Renner e Celulose Irani. Na quinta (2), será a vez da Grendene e na próxima quarta-feira (8) a da Braskem.
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