Dados elaborados pela Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) apontam que, entre janeiro e agosto de 2022, as exportações do setor geraram US$ 291,8 milhões em todo o Brasil.
Esse valor é 20% superior ao registrado no mesmo período de 2021 e passa em 35% dos números do intervalo correspondente em 2020.
Cerca de 54% desse total está no Rio Grande do Sul, maior exportador do segmento no país. Entre janeiro e agosto deste ano, partiram das fábricas gaúchas vendas que equivalem a US$ 157,8 milhões, 11% acima de mesmo período de 2021 e 17% superior a intervalo equivalente em 2020.
A segunda principal origem das exportações brasileiras de componentes é São Paulo, de onde partiu o equivalente a US$ 32,27 milhões, e na terceira posição está a Bahia, que embarcou US$ 24,63 milhões em componentes no período.
A principal categoria de produto exportado pelo setor no Brasil são químicos para couros, com embarques que geraram US$ 133,75 milhões entre janeiro e agosto. O segundo material exportado no período foram os cabedais, que geraram US$ 79 milhões, seguidos por químicos para calçados/adesivos, com US$ 32,43 milhões, solados, com US$ 19,86 milhões, e laminados sintéticos, com US$ 11,85 milhões.
O gestor de Mercado Internacional da Assintecal, Luiz Ribas Júnior, destaca que os países latino-americanos, principalmente a Argentina, além dos Estados Unidos, têm sido determinantes para esse desempenho. Apesar de todos os problema, o principal destino dos componentes brasileiros foi a Argentina, para onde foram enviados produtos no valor de US$ 65,2 milhões, 47% acima de mesmo período do ano passado e 85% a mais do que o intervalo correspondente de 2020.
O segundo destino das exportações do setor nos oito meses foi a China, que importou o equivalente a US$ 59,5 milhões em produtos químicos e componentes para calçados. O valor é 2% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, mas 9% superior ao registro do intervalo correspondente de 2020.
O levantamento aponta também Portugal como o terceiro principal destino das exportações do setor, com US$ 38 milhões, 53% mais do que no mesmo intervalo de 2021. No comparativo com o ínterim correspondente de 2020 o incremento já alcança 76%.
A surpresa do ano no setor é os Estados Unidos, país que ultrapassou a Colômbia e agora é o quarto destino das exportações de componentes. Entre janeiro e agosto, os norte-americanos importaram US$ 6,73 milhões, 51% mais do que no mesmo intervalo do ano passado. Ante 2020, o crescimento é de 55%.
* Colaborou Mathias Boni