Depois de voltar aos níveis de fluxo de clientes e de vendas acima dos registrados antes da pandemia, a Lojas Renner deixou os dados de 2019 comendo poeira no segundo trimestre. As vendas cresceram 41% ante o mesmo período do ano passado e 57% comparadas ao intervalo entre abril e junho de 2019.
O lucro trimestral de R$ 360 milhões ficou 87% acima de 2021 e 56% superior a 2019, na mesma base de comparação. A receita líquida das redes (Renner, Camicado, You Com) somou R$ 3,18 bilhões.
Conforme o diretor financeiro e de relações com o mercado, Daniel Martins dos Santos, São Pedro ajudou: o inverno antecipado, mais rigoroso, contribuiu, assim como a necessidade de renovação do guarda-roupa, fruto da retomada dos eventos sociais e maior mobilidade.
— Foi o primeiro trimestre depois da pandemia com crescimento de volume ante 2019. Ainda não dá para dizer que o fluxo é igual ao pré-pandemia, mas o movimento é muito robusto.
O retorno às lojas físicas animou a Renner abrir 20 unidades até o final de junho, cinco das quais no Rio Grande do Sul. Até o final do ano, confirmou Santos, serão 40 em todo o país e 10 no Estado. Mesmo com a volta dos clientes às araras, as vendas digitais mantiveram crescimento de 27% ante 2021 e 387% frente a 2019, sempre comparando os segundos trimestres de cada ano. A empresa passou a chamar a área de venda de produtos de terceiros em seu marketplace (shopping digital) de Alameda Renner.
— Não é uma nova marca, é mais uma identidade visual, porque a gente queria apresentar de forma mais estruturada. É mais uma identidade visual para que o consumidor entenda que são produtos que não são Renner, mas têm a curadoria da Renner. Os sellers (terceiros que usam a ferramenta) já representam 7,5% do valor total das mercadorias à venda.