Em julho, a gaúcha Stemac teve aumento de 40% na procura por geradores, já na esteira das preocupações com racionamento, apagões e apaguinhos.
A empresa, uma das raras a sobreviver a uma recuperação judicial, agora está preocupada com a escassez de insumos para continuar atendendo a esse mercado crescente.
Diante do risco crescente de instabilidades no abastecimento, a demanda pelos equipamentos que garantem autonomia e asseguram fornecimento de eletricidade. Mas assim como há ameaça de escassez de energia, existe a realidade da falta de semicondutores (chips), que afeta toda a indústria global.
Conforme Valdo Marques, vice-presidente executivo da Stemac, a companhia tem grandes conglomerados globais como aliados estratégicos, com os quais trabalha em conjunto para não deixar o problema chegar ao mercado consumidor no Brasil, mas adverte que essa "é uma realidade a ser enfrentada".
Com sede administrativa em Porto Alegre, a Stemac tem fábrica em Goiás, com capacidade para produzir 15 mil unidades por ano. Hoje, opera com folga, com média de 3,5 mil grupos geradores vendidos por ano. A companhia está montando planos de contingência com a cadeia de fornecedores para tentar evitar que a escassez de insumos seja um limitador para essa produção.
A indústria produz equipamentos abastecidos a diesel, mas também a gás, que funcionam como um espécie de back-up no fornecimento de energia e entram em funcionamento em caso de interrupção da alimentação pelo sistema público.