Enquanto o Palácio Piratini enfrenta dificuldades para convencer os deputados a aprovar uma nova versão de projeto que mantém elevadas as alíquotas de ICMS, ao menos um tradicional entidade empresarial suavizou a oposição à iniciativa.
Em nota, no final da manhã desta quinta-feira (17), a Federação das Indústrias do Estado (Fiergs) afirma que a redução da alíquota geral do ICMS de 18% para 17,5% no próximo ano "melhora" o projeto.
A sinalização de apoio potencial, porém, vem com uma demanda: o presidente da entidade, Gilberto Porcello Petry, considera necessária uma redução escalonada da alíquota de 30% para energia, telecomunicações e combustíveis.
A proposta é de uma redução em fases ao longo dos próximos quatro anos, para 29%, 28%, 27% e 25%. Ao final do período, a alíquota voltaria ao patamar normal anterior ao aumento aprovado no governo Sartori. Também chama atenção, na nota, a observação de que a Fiergs "é sensível a posição do governo do Estado, que busca com a aprovação não comprometer os serviços prestados à população.
No início desta semana, em entrevista à coluna, José Galló, vice-presidente da Transforma RS, entidade empresarial que trabalha com o governo do Estado, afirmou que a solução proposta pelo governo Leite não é melhor, mas a possível. Na semana passada, a presidente da Federasul, Simone Leite, disse que a entidade estava em contato permanente com os deputados, dos quais 30 rejeitariam o projeto anterior.