O pedido de análise de viabilidade para a construção de um prédio com 91 andares em Taquara, no Vale do Paranhana, deixou muita gente curiosa. Para atender às dúvidas dos leitores e às suas próprias, a coluna foi buscar detalhes sobre os motivos que levaram à concepção de um empreendimento tão fora da curva no Estado.
Conforme Luis Fabiano de Lima, responsável pelo projeto, tudo nasceu com a mudança de local da Pirisa Piretro Industrial, uma fabricante de inseticidas fundada em 1952.
A desocupação da área criou um parceria entre a empresa e a Porto Incorporadora, de Parobé, entre outros participantes, para criar um investimento na área. Lima fez o projeto, pediu licença para prefeitura e, nesta segunda-feira (7) recebeu uma consulta sobre a possibilidade de dar acesso público ao mirante previsto para o último piso.
– Desse mirante, vai ser possível enxergar quase todas as cidades na volta em um raio de 25 quilômetros. A prefeitura fez essa consulta, que vemos como uma disposição de aprovar, mas precisamos analisar. Vai precisar de outro elevador, estamos estudando – disse Lima.
Deve haver uma reunião sobre o futuro do projeto na próxima quarta-feira (9). Conforme o autor do projeto, o objetivo é vender as unidades para quem quer morar entre Igrejinha, Parobé, Taquara e Três Coroas:
– A empresa viu que tem capacidade de venda na região, são só 56 apartamentos de luxo, metade deles com pé direito duplo. E o empreendedor queria mesmo provocar esse impacto (sobre a altura do prédio). Quando encaminhei, imaginei que esse alvoroço fosse acontecer.
O prédio deverá ter conjunto comercial com 20 lojas, 162 vagas de estacionamento e 28 unidades habitacionais (uma por andar) de 150 metros quadrados, além de outras 28 no estilo loft, do 35º ao 91º andar, com pé direito duplo.
– Como a laje de cada pavimento tem 200 metros quadrados, e o terreno chega a 4 mil metros quadrados, será uma pequena proporção de apartamento na superfície do lote. Com isso, será uma torre muito estreita, muito esbelta – descreve Lima.
A coluna, claro, pediu para ver o projeto (e mostrar aos leitores), mas o responsável pelo projeto disse que ainda não está autorizado a mostrar imagens. E qual é o maior desafio da obra em Taquara?
– O maior problema é o vento. Não é o peso. É preciso cuidar que as esquadrias vedem bem os ambientes, senão o vento entra e vai derrubando tudo – respondeu.