Entre janeiro e setembro, a RGE investiu um total de R$ 672 milhões no Rio Grande do Sul. O valor é 11% maior do que o aplicado pela empresa em igual período de 2019.
Esses recursos foram direcionados à modernização e à digitalização dos sistemas, além da melhoria e modernização da rede elétrica nas regiões onde a empresa atua. A RGE é a responsável pela distribuição de energia em cerca de dois terços do Estado, em toda a Metade Norte, no Oeste e em parte da Região Metropolitana.
Esses investimentos de empresas como a RGE são exigidos pelo órgão regulador. São necessários não só para manter a rede básica de eletricidade funcionando bem mas para resolver problemas históricos de vulnerabilidades nessa infraestrutura.
Conforme o diretor-presidente da RGE, Marco Antônio Villela de Abreu, os recursos também foram destinados à qualificação de seus profissionais, à renovação da frota de veículos e à aquisição de equipamentos de alta tecnologia para atuar na rede de forma preventiva. Neste ano, sete subestações tiveram aumento de potência: São Luiz Gonzaga, São Miguel das Missões, Ibirubá 2, Cacequi, Santa Cruz do Sul 2, Três de Maio e Vacaria. Esse aumento de potência permite menor probabilidade de interrupções para os clientes.
Também foram finalizadas duas linhas de distribuição em Ijuí, Santa Rosa e Três de Maio, beneficiando diretamente cerca de 146 mil clientes. A ampliação do sistema também permite maior oferta de energia – mesmo sem geração nova –, aumentando as possibilidades de atração de novos negócios, gerando desenvolvimento econômico e social. Isso se torna ainda mais importante em momentos como este, que o Brasil enfrenta necessidade de acionamento de usinas térmicas porque a falta de chuva e o planejamento deficiente reduziram o nível dos reservatórios das usinas e o presidente Jair Bolsonaro fala em "apagão".
Uma das estratégias da RGE para reduzir tempo e frequência das interrupções no abastecimento de eletricidade é a instalação de religadores automáticos na rede. Só neste ano, foram 371 em pontos estratégicos da rede elétrica. Com isso, um atendimento com deslocamento de equipe, que antes demorava algumas horas, com a implantação desse dispositivo pode ser feito em minutos. A meta da RGE, segundo Villela, é cobrir toda a área de concessão com esses equipamentos. Até o final do ano, a RGE pretende alcançar cerca de R$ 900 milhões em investimentos.