Ampliar em 2.300% o faturamento até o final do ano é a meta da agrotech ConnectFarm, de Cachoeira do Sul. No mercado há 18 meses, a empresa analisa dados para ampliar a produtividade, otimizar o uso de recursos e aumentar a rentabilidade na produção rural.
Atualmente, tem 120 agricultores em carteira, totalizando cerca de 30 mil hectares sob análise. Esse volume representa crescimento de 1.665% desde a criação do negócio. À coluna, o CEO da startup, Rodrigo Dias detalhou a operação:
— Prestamos serviços agronômicos, é o nosso principal serviço. O que temos de diferente é o fato de não fazer consultoria de forma tradicional. Coletamos dados na própria fazenda, como os diagnósticos de solo. A partir dessas informações, traçamos o perfil de cada produtor. Apesar de termos só 18 meses de CNPJ, alguns dos profissionais da equipe têm bastante tempo de mercado, como eu, que atuo em consultoria há 10 anos.
A ConnectFarm venceu o Desafio Nacional de Máxima Produtividade do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb) 2020, na categoria "Irrigado". A distinção veio a partir da experiência na propriedade de Eliseu Eliseu José Schaedler, em Boa Vista das Missões. A média de produção de soja no Brasil é de 54,5 sacas por hectare. Na fazenda de Schaedler, esse indicador chegou a 111,9.
A startup se propôs a chegar a 2021 atendendo a 5 mil produtores. Para isso, vai buscar clientes também no Paraná. Uma das metas é democratizar o acesso dos agricultores à tecnologia. Uma ferramenta, com custo acessível em relação a preços de mercado, vai reunir informações para aumentar a produtividade.
— Em geral, as empresas focam nos produtores que têm maior potencial, ou seja, os grandes. Nosso objetivo é entregar a agricultores familiares o mesmo resultado dos grandes produtores. Atualmente, nosso principal objetivo é conectar pequenas cooperativas e conscientizar sobre os benefícios dessas análises.
* Colaborou Camila Silva