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Um dos maiores portos privados do Estado, o Tecon Rio Grande, terminal de contêineres do Grupo Wilson Sons, alcançou o melhor índice de produtividade do ano em dezembro. Movimentou 72 contêineres em uma hora, com um único guindaste. Foi na operação com o navio Rio Grande. A operação completa durou 13 horas e 40 minutos e movimentou ao todo 1.516 contêineres. O terminal tem capacidade para movimentar 1,4 milhão de TEUs (Twenty Foot Equivalent Unit, ou seja, um contêiner de 20 pés ou seis metros de comprimento) de capacidade anual de movimentação.
Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon Rio Grande, afirma que o terminal se consolida como estrutura portuária de primeira linha no Brasil. Nos últimos cinco anos, a produtividade aumentou 89%, com treinamento, tecnologia e compra de novos equipamentos.
Habituado a gerir um porto com desafios logísticos e tributários, Bertinetti vê com ceticismo o aceno de um novo terminal no Litoral Norte, garantindo que não o faz por medo de concorrência.
– Sei a dificuldade que é não só tocar um porto, como sair do zero. Não vejo chance de ocorrer um investimento dessa envergadura. É uma zona cara e teria dificuldades ambientais, por interferir em local de pouco acesso. E ainda sofreria assédio forte dos terminais catarinenses, devido às facilidades fiscais que existem do outro lado do Mampituba – afirma, referindo-se ao rio que divide o Rio Grande do Sul de Santa Catarina.
Na sua avaliação, os valores que circulam sobre o investimento previsto no terminal do Litoral Norte "não dariam para começar um Tecon". Por isso, Bertinetti afirma não ver chance de que o Estado ganhe um novo porto, principalmente sem uma mudança de postura fiscal do Piratini.
– Ainda mais quando temos um porto extremamente competitivo na parte de grãos – pondera, referindo-se ao complexo Termasa/Tergrasa, em Rio Grande, que pertence
a outra empresa, a CCGL.