A coluna confessa: usou uma expressão da revista britânica The Economist para o título aí de cima. Mas a publicação empregou o termo antes da última façanha dos irmãos Joesley e Wesley: ter conseguido fechar o acordo de leniência "lucrando" R$ 900 milhões mesmo depois de todo o país ter execrado os termos excessivamente lenientes da colaboração premiada. No dia 19 de maio, a sexta-feira seguinte à revelação do teor da delação, a empresa dos irmãos Batista se negou a fechar um acordo com multa de R$ 11,2 bilhões, a ser paga em 10 anos. Havia oferecido R$ 1,4 bilhão. Como a negativa só foi conhecida na madrugada de sábado, foi na segunda-feira seguinte que o mercado reagiu, derrubando o valor das ações da JBS em 31,34%, uma das maiores quedas da história das companhias de capital aberto do Brasil.
Acordo de leniência
E os "fabulosos Batista boys" ganham mais R$ 900 milhões
Valor do acerto que libera grupo de punições mais severas é elevado, mas ainda embute uma vantagem de R$ 900 milhões para os empresários
Marta Sfredo
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